Por que nos comparamos tanto?

Desde que li o texto da Jo do Futi- Um Papo sobre Autoestima sobre Sucesso X Fracasso: Um perigo na comparação {não deixem de ler!}, esse assunto não saiu da minha cabeça. Fiquei pensando, pensando e até para saber se eu tinha ou não algo para acrescentar, alguma coisa que eu vivi, sabe?!

A comparação nos faz nos sentir inadequada. Quantas vezes você não s e sentiu inadequada em algum lugar ou em alguma ocasião? Já perceberam que essa inadequação vem sempre quando nos comparamos?

Eu já me senti inadequada em vários momentos  da minha vida e resolvi fazer uma retrospectiva de ocasiões que me marcaram mais para saber desde quando vem essa cultura da comparação. E já posso adiantar que vem desde muito cedo.

“Comparação é um ato de violência contra você mesmo”

Começando lá no pre-primário, vocês lembram como as noivinhas das festas juninas do seu colégio eram escolhidas?! Eu lembro quando eu fui escolhida, não lembro bem como era o processo, mas lembro que eu ganhei e a minha melhor amiga na época ficou super chateada e pensando porque ela não ganhou. Obviamente, ela se comparou. Quem não se compararia?

Outra coisa que eu me lembro bem eram como os times das aulas de educação física eram escolhidos. Eu era sempre a última a ser escolhida e ficava com a vaga que sobrava. Me sentia péssima, nunca queria participar e inventava mil desculpas para ser dispensada das aulas. Acho que era uma das ocasiões que eu me sentia mais inadequada! Tinha vontade de cavar um buraco e me enfiar nele.

Na adolescência vem o primeiro beijo e o primeiro namorado. Quem nunca se comparou com a outra menina que o crush da época escolheu ao invés de você? Quantas vezes nos achamos inferiores só por não termos sido escolhidas por um ou por outro?

Depois vem o vestibular e, por mais que a gente tenha torcido pela gente e por nossos amigos, internamente a gente sempre se comparava. Eu tenho pavor de lembrar da minha época de vestibular, lembrando o quanto eu sofri na semana antes da FUVEST porque eu já sabia que eu não ia passar e já estava me sentindo super incompetente e burra por isso. E claro, me comparei com outras meninas que passaram. Apesar de ter  passado no curso e na universidade que eu queria, eu continuava me comparando com as outras pessoas que passaram em outras universidades tidas como melhores.

“Sua estória é única e tão diferente… e não digna de comparação”

E depois de passar por toda a infância e adolescência sendo estimulada a se comparar, como não não vamos nos comparar na vida adulta e no mercado de trabalho? Como não vamos pensar na concorrência? Como não achar que o seu sucesso pode ser o fracasso de outra pessoa ou o sucesso de alguém é o seu fracasso?

Quantas vezes eu me peguei analisando a minha concorrente? Quantas vezes amigas minhas e pessoas próximas a mim me chamam para analisar a concorrente? Por que precisamos tanto nos comparar com a concorrência? Não podemos somente cuidar do nosso jardim para que novas oportunidades boas ou até melhores cheguem até nós?

Outra coisa que já percebi também e não sei se vocês já perceberam é que algumas pessoas disfarçam críticas em forma de conselho. Talvez, ela não faça de propósito, mas talvez sim. Talvez, seja só um mecanismo automático de se proteger da concorrência e as vezes, pode ter sido pensado e planejado. Pessoas assim estão sempre cortando nossas asinhas e nunca nos dão um elogio. As vezes, você chega super contente, contando uma novidade e a pessoa faz o que? Começa a te criticar ou criticar seus projetos!

Óbvio que não quero amigas que só passem a mão na minha cabeça, quero amigas que me ajudem a crescer assim como eu também quero que elas cresçam. Mas amigas que só te criticam e só cortam as suas asas não são bem amigas, né?!

Acreditem vocês ou não, mas já passei por alguns momentos em que eu achava que eu realmente era péssima profissionalmente, que nada do que eu fazia estava certo. Era tanto defeito, tanta crítica e nenhum elogio vindo de pessoas que eu confiava {porque eu dei confiança} que em vários momentos pensei em desistir, inclusive do blog que amo tanto. Minha autoestima profissional foi parar a 7 palmos da terra e ainda hoje trabalho faço um trabalho duro com ela, todo dia um pouco,  para que ela não caia de novo.

Concordo que as pessoas só ocupam o espaço que nós damos as elas. Porém, algumas chegam de mansinho, no começo da “amizade” até te elogiam para te ganhar e você confia. Confia tanto que acha que ela é sempre melhor que você e que a opinião dela é sempre melhor que a sua. Em alguns momentos, precisamos parar, pensar e repensas nas amizades, nas pessoas que nos cercam,  nos conselhos e nas criticas que recebemos. Se só estiver vindo coisa ruim, podemos sim, nos deixar contaminar e colocar toda a nossa auto-estima para baixo.

Dito tudo isso, a maior lição que tirei do texto da  Jo e levo comigo dia após dia é: “o meu SUCESSO não é o seu FRACASSO. O seu FRACASSO não é o meu SUCESSO.”

“O sucesso dela não é o meu fracasso”

Eu quero e tento ser a amiga que vibra a cada sucesso das minhas amigas, aquela que elas podem contar sempre e que está sempre a postos para elogiar. Quando eu achar que ela precisa melhorar algo, não vou deixar de alertar, mas sempre pensando em cada palavra que vou usar. Nunca vou compara-la com outra pessoa!

Também quero ser a profissional que estou cuidando do meu jardim para eu ser a melhor que posso, dentro da minha capacidade, nas minhas oportunidades, mas não quero mais me comparar as outras pessoas.

Nunca deixem de ter orgulho de quem vocês são! Todas nós sabemos por qual foi o caminho para chegar onde chegamos ou onde estamos chegando. Não caiam na armadilha de se compararem com ninguém.

“Mantenha a calma e se orgulhe de quem você é”

E não, esse blog não virou um blog sobre textões e papos de autoestima. Porém eu estava precisando falar sobre isso. Esse assunto que já me boicotou tanto profissionalmente e que eu trabalho todo dia para que não me boicote mais. E não queria que vocês se boicotassem também. Pode ser que vez ou outra, se eu estiver passando ou já ter passado por alguma situação que eu queria dividir, eu faça um novo textão.

E se vocês gostaram do tema, do texto, não deixem de acompanhar o Futi-Um papo para autoestima, tanto no blog como no instagram. A Jo e a Carla estão arrasando nos textos falando sobre autoestima em geral {pessoal, profissional e muito mais} e me ajudando muito! Com certeza vão ajudar muito vocês também!

Beijos

Faça um comentário

Comentários

Comentários via blog

  1. Váh comentou em

    TEXO INCRÍVEEEEL <3
    Obrigada por escrever isso pra gente.

    http://heyimwiththeband.blogspot.com.br/

    Responder
    1. Giuli Castro comentou em

      Que linda <3 Obrigada!!!
      Beijos

      Responder