Hoje o assunto é total off moda, beleza, mas é um assunto muito importante: adoção e guarda responsável de bichos de estimação.
Para quem me acompanha nas redes sociais (Follow Me Instagram – @GiuliCastro– e no Facebook – Salada de Frutas), já viu as fotos da minha “sobrinha”, que modéstia a parte é a mais linda do mundo!!
Mas muita gente nos pergunta como a Dorothy chegou em casa e como eu, Giuliana, estou lidando com isso. Então vamos por partes.
Em uma bela segunda-feira, cheguei no trabalho e uma amiga comentou que uma prima estava passando por dificuldades pessoais e que não poderia mais ficar com os 2 cachorros que tinha. Os dois eram shitzu, pai e filha. O pai ela já tinha doado, porém, a filha, novinha com 3 meses, ainda não. Comentei que a minha irmã gostaria de ter uma cachorrinha, mas que antes de decidir, queria conversar bem com ela.
Obviamente, que no momento que comentei com a minha sis, ela sem titubear respondeu: “Eu quero! É minha!”. E eu, a parte racional de todo o processo disse que precisávamos conversar. Cachorrinhos são lindos e fofos mas dão trabalho. Não é simples ter um bichinho de estimação em casa. Muita gente acha que é só ensinar e pronto… Mas não é fácil ensinar.
1) A nossa casa era um ambiente completamente novo para a Dorothy. Nos primeiros dias, ela não reconhecia o lugar e nem a gente, ficava assustada. Precisamos ter muita calma e paciência para ela acostumar conosco e com o ambiente.
2) Ela não sabia onde fazer as coisinhas dela. Nos primeiros dias, e as vezes até hj, depois de 4-5 meses, ela ainda faz as necessidades dela no lugar errado. Hoje, a frequência e bem menor, muitas vezes é só para chamar a atenção. Mas, antes de ter um bichinho para chamar de nosso, precisamos ter consciência disso.
3) A Dorothy é uma shitzu e essa raça tem algo um pouco peculiar: eles gostam de comer coco… e isso é para sempre. A veterinária já nos passou alguns remédios para tentar tirar esse hábito dela, mas não funciona muito bem. Vira e mexe, ela esta la atrás… O que fazemos é prestar atenção quando ela faz coco e ir lá retirar.
4) Eu e minha irmã trabalhamos o dia inteiro e a Dorothy fica sozinha em casa. A vantagem de ter um shitzu é que eles são noturnos, então não sentem tanto a nossa falta durante o dia. Mesmo os dias que trabalho em casa, ela passa a maior parte do dia dormindo.
5) A parte financeira tem que ser muito bem estudada e planejada. Não é barato ter um cãozinho em casa. Cada raça e idade tem uma ração específica. Eles não podem comer a mesma comida que a gente!! Muita coisa faz mto mal para eles! Eles precisam tomar banho sempre. Se vc tem tempo, pode dar em casa, mas tem que comprar o shampoo, condicionador, sabaonete específicos para a raça. Lá em casa, o combinado foi que a Dorothy vai toda semana para o PetShop e isso foi contabilizado pela minha irmã nas contas do mês dela.
6) E quando a minha irmã fosse viajar? Quando ela adotou a Dorothy, ela já tinha uma viagem comprada para Buenos Aires em um feriado e então ela foi pesquisar e visitar heotéis para a Dorothy. No final, uma amiga dela que tb ama cãezinhos, pediu para ficar com ela no feriado. Mas não é responsabilidade dela ficar e a minha irmã é bem ciente disso. O hotel para cães tb não é barato e isso deve ser contabilizado antes de pensar em adotar.
7) Castrar ou não castrar, eis a questão?! Minha irmã optou por castrar e castrou logo. Não só pelos filhotinhos que talvez ela poderia vir a ter, pois não temos estrutura para ter mais de um bichinho em casa, mas tb e principalmente para a saúde dela. Foi super recomendado pela veterinária dela a castração, pois há muitos casos de câncer de mama, ovário e útero nessa raça. Mais um custo para anotar, hein?!
8) Sair ou não sair com ela para passear todos os dias?! Bom, a Doroteia (apelido carinhoso que demos para ela), é uma cachorrinha caipira… hahahaha… Ela odeia sair de casa, seja a pé ou de carro. Nunca vi isso!!! Ela se esconde atrás da geladeira cada vez que pegamos a coleirinha. Minha irmã conversou com a veterinária e ela disse que é muito importante respeitar a vontade dela e não forçar. Porém, as vezes, ela precisa sair de casa sim. Então tentamos levar ela para passear umas 2x por semana.
9) O meu apartamento tem um tamanho bom para ela e ela consegue brincar e correr. Não se sente presa. Isso é mto importante! Não pode deixa-los em uma área muito pequena.
10) A Dorothy já chegou em casa com todas as vacinas do ano em dia, mas minha irma tem a carteirinha de vacinação e minha irmã esta sempre consultando para ver se precisa levar para tomar alguma que venceu. As vacinas são muito muito importante para a saúde deles.
11) E o cheiro? Bom, a casa fica cheirando! Por mais que vc limpe, a casa sempre tem cheiro de cachorro. O combinado la em casa é que a minha irmã sempre pano de chão com produtos específicos, mas, apesar de melhorar, um pouco de cheiro sempre fica.
12) Quando bebê, comem tudo o que vêem pela frente! Nós ainda demos sorte, que a Dorothy só come havaianas e as vezes um ou outro sapatos que deixamos jogados. Ela não comeu sofá, mesa e nem cadeira. Mas temos amigos que contam que os cãezinhos deles quando bebê comiam e estragavam tudo.
13) E por ultimo, mas um dos mais importantes é que cãezinhos envelhecem e precisam de cuidados redobrados! É triste?! É!! eles tem doenças que nós temos, como catarata, artrite, câncer, etc. É caro?! É! É necessário dar todos os cuidados que eles precisam: consultas no veterinário, cirurgias, exames, medicamentos… E até onde eu saiba, não existe plano de saude para ele, né?! E não vai ser no momento que eles mais precisam da gente, que vamos abandonar, certo?!
E como eu, Giuliana, estou me relacionando com tudo isso?!
Bom, como eu sempre tive tudo isso em mente e a minha decisão sempre foi de não ter um, pois eu não estou pronta para toda essa responsabilidade, expliquei tudo isso para a minha irmã. E mesmo assim, ela disse: “Eu assumo tudo! Tanto a parte financeira, como a de educação e todas as outras”. Com todos os pingos nos “is”, hoje somos uma família super feliz com a Dorothy. Quando a minha irmã se mudar, eu vou sentir muito a falta dela, eu amo a Dorothy, mas por enquanto, mantenho a minha decisão. Quando eu sentir saudades, vou na casa da minha irmã visita-la e brincar com ela! :)
Este post ficou gigante, mas a minha intenção é que se vc gosta/quer/pensa em ter um bichinho de estimação, pense em todos estes pontos (ah se eu esqueci de algum, comentem, please) antes de tomar uma decisão. O bichinho não é um brinquedo que depois que enjoamos, abandonamos. Os bichinhos sentem carinho por nós e não merecem, de forma alguma, serem abandonados. Vcs não tem ideia da felicidade da Dorothy quando entramos em casa… mesmo que as vezes eu esteja em casa e desça na garagem só para pegar algo que esqueci no carro. Ela pula e faz festa como se eu já tivesse saído há horas…
E para acabar, uma dica muito legal: quem acompanha a causa animal sabe que muitas ONGs e protetores dependem da doação de dinheiro e alimentos para manter os animais sob condições dignas. A Max Alimentos, empresa de ração para cães e gatos possui o programa Max em Ação, que foi criado para doar rações para ONGs e Protetores de animais do Brasil inteiro. Em cada pacote das rações Max, você encontra um vale-ração que pode ser transformado em doações para ONGs e Protetores. Para doar é bem simples, você pode enviar os selos por correio dizendo pra qual ONG ou protetor você quer doar seu vale-ração ou depositar em uma urna que fica nos petshops cadastrados ou ainda entregar diretamente pra alguém de sua confiança para que eles se encarreguem de fazer o pedido da doação. ONGs e protetores independentes podem se cadastrar no programa gratuitamente pelo site: www.maxemacao.com.br.
Ufa!! Acho que é isso!! Quem aí tem um bichinho de estimação?! Concordam comigo?!
Beijos!
UPDATE: Essa foi uma blogagem coletiva, porém, eu fui uma das primeiras a publicar e não tinha os links dos blogs lindos que participaram. segue abaixo:
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